Campanha do BC quer ensinar as pessoas a reconhecer dinheiro falso
Isabela Vieira, da Agência Brasil
Divulgação |
Segundo o BC, elementos de segurança nas células não são reconhecidos |
Aprenda a reconhecer cédulas de R$ 50 |
Assista ao vídeo da campanha |
Ensinar os cidadãos a reconhecer esses códigos, combatendo a falsificação está entre os objetivos de uma campanha do Banco Central, lançada nesta semana, que também quer incentivar os homens, principalmente, a deixarem de guardar moedinhas em casa.
Embora não se saiba exatamente quantas cédulas falsas estão em circulação, o BC informou que, neste ano, foram apreendidas 251 mil notas sem valor.
No ano passado, foram recolhidas 528 mil. As cédulas mais falsificadas são as de R$ 50, correspondendo a cerca de 60% das apreensões, em maior parte, realizadas na região Sudeste. A recomendação para quem receber uma dessas notas é entregá-las em qualquer agência bancária, que as encaminhará ao BC. O Banco Central pode examinar e confirmar se elas são verdadeiras ou não. Se as notas suspeitas forem recebidas de um terminal bancário, é possível contestar o banco.
Com a campanha, além de incentivar o cidadão a reconhecer os sinais de autenticidade, o governo quer "naturalizar" o procedimento.
"Às vezes, o comerciante fica constrangido de olhar a nota na frente do cliente. Mas isso tem que ser uma coisa normal, uma questão de segurança. Todo mundo deve olhar a nota", enfatizou o chefe do Departamento de Meio Circulante do BC, Anthero Meirelles, no Rio.
A exibição de peças publicitárias na televisão, no rádio, em filmes, em revistas e na internet, custará cerca de R$ 12 milhões.
Haverá também peças reeditadas, incentivando a circulação de moedas, com foco principal no público masculino. De acordo com pesquisa do BC, os homens das classes A e B guardam cerca de 30% das moedas que recebem, percentual superior ao de homens de outras classes de renda.
De acordo com Meirelles, uma das explicações para os homens dispensarem o uso das moedas em relação às mulheres seria a resistência em usar um porta-níquel.
"As mulheres, em geral, andam com bolsas, o que facilita. O homem chega em casa, tira as moedas do bolso, coloca num cofrinho. Temos que ter um processo educativo para incentivá-los a levarem as moedas consigo", destacou.
O hábito do brasileiro de não usar ou guardar as moedinhas provoca escassez das peças em circulação, dificultando várias operações do comércio e gerando mais custos ao governo, que acaba tendo que produzir mais unidades.
No país, atualmente, existem cerca de 15 bilhões de moedas, sendo cerca de 80 para cada pessoa. No entanto, a metade, cerca de 7,5 bilhões delas estão fora de circulação.
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